terça-feira, fevereiro 27, 2007

A insustentável leveza de viver

O mundo é uma perspectiva pessoal, um universo mais ou menos enclausurado de sentido... e nada mais angustiante quando o sentido do mundo tem de ser (re)construído constantemente. Ser fundamentalista ou ceder à ausência de sentido, ao niilismo, é fácil. O que é chato, o que cansa é termos de reconstruir o sentido das coisas quando já não há autoridades paternalistas que nos guiam: “O que é que isto significa para mim?”; “o que é que tu significas para mim?”... É este o maior fardo dos dias que correm...

sábado, fevereiro 24, 2007

Fade Out

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Reino do Butão

Aparentemente, o longínquo Reino do Butão perdido no meio dos Himalaias (não confundir com o reino do cotão, esse fica no meu umbigo) adoptou uma política de maximizar a sua 'Felicidade Interna Bruta' em vez da tão badalada ênfase no PIB que existe no Ocidente... Isto é que é uma política económica progressista... "E esta, hein?"

domingo, fevereiro 18, 2007

Panapticon

Não se alguma vez tiveram a sensação paranóica de estarem a ser observados quando estão sozinhos em casa, no reduto íntimo do vosso espaço, no quarto, na casa de banho ou noutro sítio qualquer. Vem-me à memória um episódio da quinta dimensão onde no fim se releva que um punhado de seres humanos estão a ser “cientificamente” observados de fora por outros seres. E vem-me também à memória a passagem de uma entrevista num famoso relatório americano sobre sexualidade. A passagem é de uma mulher que revela que quando se masturbava se sentia observada, observada talvez por Deus ou pelos parentes mortos, espíritos vagueantes entre o mundo dos vivos. O sentimento de estar a ser observada de fora provocava o sentimento de culpa e de vergonha. Creio que para os mais exibicionistas tal perspectiva até deve ser interessante mas para as mentes mais cristãs a sensação de constante observação é um poderoso mecanismo de controlo da conduta. Há razões para acreditar que a ideia de um Deus omnisciente e omnipresente se foi desenvolvendo com o florescimento dos estados-nação, mais ou menos centralizados, como os conhecemos hoje. E a Igreja católica forneceu um poderoso expediente de controlo social sobre a população muito conveniente a governantes muito antes da ideia do Big Brother. Mas mesmo em mentes mais secularizadas como a minha parece ainda haver resquícios da mente cristã quando, por vezes, me sinto paranoicamente observado. Ou então é a lembrança do tal episódio da quinta dimensão. Vale-me o consolo de pensar na minha própria presunção de que alguém possa ter o interesse de observar os momentos de uma vida banal...

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Neve no Queens' College