Lisboa escrita (I)
Atravessei uma insónia há procura de um início de um livro. E por entre a noite pensei que o fim de uma história é normalmente um bom começo de uma outra:
“As ruas de Lisboa ecoavam o teu nome. Não digo isto como uma expressão metafórica ou como sinal de um caso patológico de esquizofrenia. Num acto de quixotesca loucura tinha-o espalhado pelos vários recantos da urbe inanimada, nas paredes, portões, postes e carros abandonados (tentei pintar um gato vadio mas este refugiou-se debaixo de um carro). Não conseguia escapar-me do teu nome entre as ruas da cidade, descobrindo-o mesmo em anagramas nos placares de publicidade ou em frases de ordem pintadas nos muros e tapumes. O que separa a paixão da obsessão, pois que toda a cidade escrita me parecia desembocar no teu nome? Fechei-me
6 Comments:
"(...) o mundo em silêncio e, em algum lugar, tua carne ainda ocupa o centro de mim, teu nome se reveza entre meus olhos e minha boca, sem que eu saiba que forma ele finalmente terá. Tem garras, o teu nome (...)"
Li-te e lembrei-me deste poema.
Desculpa-me...sou de impulsos...
Taagide
"...
sabes
por vezes queria beijar-te
sei que consentirias
mas se nos tivéssemos dado um ao outro ter-nos-íamos separado
porque os beijos apagam o desejo quando consentidos
foi melhor sabermos quanto nos queríamos
sem ousarmos sequer tocar nossos corpos
hoje tenho pena
parto com essa ferida
tenho pena de não ter percorrido teu corpo
como percorro os mapas com os dedos teria viajado em ti
..."
in CARTA DA FLOR DO SOL
"O MEDO" de Al Berto
PS: Saudades...
A minha vontade era comentar cada um dos teus post! Mas hoje, apenas te vou dar os parabéns por este magnifico blog...e pelo que escreves! Mas volto ;)
Beijo FasHion
É um bom começo. Pelo menos eu, confesso que, fiquei com vontade de saber quem era essa visita. E os livros bons sao esses, aqueles que nao conseguimos parar de ler.
Espero que continues
Um beijo*
e ai e aiiI!
Por favor miúdo escreve um livro!!!!
ehehe parabéns
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