quarta-feira, agosto 01, 2007

Templo

A luz das velas destilava pelo templo, enevoando o espaço com uma áurea alaranjada. Os discípulos aguardavam e enchiam o atmosfera com um murmurar tecido por várias rezas. Aguardavam por ELE. Até que uma luz forte inundou o templo e ELE materializou-se no altar. Todos os discípulos se ajoelharam... menos um. "Não te ajoelhas perante o teu Criador?", perguntou ELE. E o homem, de pé perante os demais, retorquiu: "Porque não vens TU beijar o teu filho?"

3 Comments:

Blogger blindness said...

As obrigações fazem parte do "antigamente", não apenas no que respeita à religião, mas no que respeita às relações em geral. De certa forma, somos os nossos próprios deuses, ainda que o papel solitário nem sempre nos assente bem. Talvez por isso sejamos, na realidade, um misto de servo e deus, um misto de subserviência e arrogância.

Abraços. ;)

10:39 da manhã  
Blogger NoSurprises said...

Esta estória que contas situa-se algures entre o sagrado e o profrano, aliás como todos nós um pouco em determinadas fases da nossa passagem por cá. De resto não consigo imaginar Deus maior que o nosso próprio filho.....

Abraço

12:03 da manhã  
Blogger Patrícia Evans said...

:)***

1:02 da manhã  

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